Air Mule — Outro dia, outro Drone

Helicópteros são legais, servem para tudo, de resgates de excursionistas perdidos a transporte de talco boliviano para fazendas de deputados, mas eles têm algumas deficiências. Ser uma aeronave essencialmente instável que passa o tempo todo tentando matar o piloto é uma delas. Se vulnerável a flechas (ao menos os russos) é outra, mas talvez a pior seja o rotor principal, que quando não se comporta de forma exemplar, pode se enroscar em postes, cabos de força, árvores e atores veteranos, com resultados em geral trágicos.

No Vietnã era tranquilo pousar um Huey num campo de arroz, mas quem acompanha Águias da Cidade sabe o inferno que é pousar um simples Esquilo em algum ponto de São Paulo. E nem falo pelo fogo de solo e inimigos camuflados.

O Air Mule, da empresa israelense Tactical Robotics Ltd vem resolver esse problema. O bicho, que não é um projeto mirabolante de designer, mas sim um protótipo real já voando, usa turbofans, igual ao porta-aviões aéreo da SHIELD. Sem hélices expostas, a aeronave fica muito mais compacta e segura.

Para ganhar autonomia e diminuir o peso, o Air Mule não tem pilotos. Funciona de forma autônoma E via controle-remoto, assim você pode mandar uma esquadrilha de reabastecimento para uma frente de combate, marcar no mapa pontos de pouso e deixar que ele tome conta dos pormenores, como chegar até lá e pousar.

Ele também funciona para transporte de feridos, e quem sabe, entregas da Amazon. Com o tamanho de um Hummer, o Air Mule pesa só 770 kg, carrega 640 kg e voa a 180 km/h, com altitude máxima de 3.658 m. Bem dentro do envelope de vôo de um helicóptero que não seja o o Águia de Fogo.

Veja abaixo que coisa linda e futurista, pra ser perfeito só faltam as armas, cuspindo fogo e destruição, exterminando todos os humanos.

E feliz Natal!