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Microsoft pede desculpas por carta sexista que promovia o Xbox One

Segundo peça publicitária já removida, mulheres preferem “fazer tricô” a jogar videogame: carta direcionaria Xbox One apenas a homens

10 anos atrás

Para a Microsoft, garotas como Anita Sarkeesian não existem

Se você é um homem e gostaria de convencer sua namorada/esposa/companheira a deixá-lo adquirir um Xbox One, que tal escrever para ela uma singela carta convencendo-a das vantagens que a plataforma faz, fazendo inúmeras alusões "engraçadinhas" acerca do fato dela não gostar de games e preferir fazer outras coisas?

Falando assim soa uma ideia idiota, machista e desnecessária, mas foi exatamente isso que a Microsoft fez: em seu site ela disponibilizou um modelo de carta formal customizável de um homem à sua companheira, com opções de palavras que poderiam ser substituídas para melhor se adequar ao gosto do jogador.

O problema é que o modelo é ofensivo, dando a entender que mulheres em geral não gostam de videogame e preferem "fazer tricô", que era uma das opções disponíveis numa das frases.

O modelo que pode ser visto na imagem abaixo (clique para ampliar) é lamentável, partindo do pressuposto que mulheres não se interessam por tecnologia e não gostam de esportes, preferindo assistir filmes e outras atividades que poderiam ser conciliadas através do Xbox One. As palavras que poderiam ser alteradas estão em verde:

xbox-one-formal-letter-model

O problema aqui é que uma indústria bilionária que lucra mais do que o cinema, onde metade dos jogadores são mulheres  precisa e está se atualizando para dar mais lugar às jogadoras e desenvolvedoras e acabar com os estereótipos (a pesquisa conduzida por Anita Sarkeesian é o melhor exemplo disso), por isso a empresa não pode, não deve fazer marketing de coisas desse tipo. A primeira frase “não sei se você ouviu falar, mas o Xbox One já está nas lojas” já começa muito mal, subestimando a inteligência das mulheres e dando a entender que videogames são brinquedos de garotos. Nós sabemos que essa indústria é extremamente machista, mas as coisas estão mudando.

Reconhecendo a burrada, a Microsoft primeiramente a editou (mas manteve a primeira frase), para depois a remover completamente. Através de um porta-voz, a Microsoft disse que “a carta é totalmente personalizável e que não pretendíamos ofender. Estamos fazendo mudanças nos padrões da carta e pedimos desculpas”. Agora é tarde, amigo.

Fonte: Mashable.

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