Ronaldo Gogoni 10 anos atrás
First things first: os capítulos anteriores envolvendo Apple e Gradiente se encontram aqui, na ordem - [1], [2], [3], [4], [5], [6], [7], [8] e [9].
Aproveitando que os novos iPhones 5s e 5c finalmente chegaram ao Brasil mais caros do que qualquer um poderia imaginar, a Gradiente muito espertamente aproveitou que ninguém lembrou que ela havia prometido o lançamento de seu Iphone C600 para outubro e iniciou sua pré-venda no mesmo dia de seu concorrente, com quem ela está em pé-de-guerra pelo direito da marca "iphone".
A decisão do juiz em manter ambas no mercado pode ser conciliadora, mas gerou uma aberração por permitir dois produtos similares de empresas diferentes com o mesmo nome, além de prejudicar a Gradiente e beneficiar a Apple: Cupertino não gastará um centavo com licenciamento e a Gradiente foi condenada a pagar as custas e honorários advocatícios, no valor de 10% do valor da causa. Obviamente que ela recorreu, com o argumento que a alegação da Apple ao dizer que o nome "iphone" significa "telefone com acesso à internet" e não poderia ser patenteado, tal como o nome "tênis", é ridícula e a decisão do juiz é "inexplicável e incompreensível" (e concordo com ela).
A Gradiente informa que o C600 será vendido em caráter promocional para os clientes que reservarem o aparelho durante a pré-venda, que termina em 05/12. Além disso afirmou que a empresa “tem excelentes expectativas em relação a esse produto, especialmente devido à excelente relação custo/beneficio comparado com o principal concorrente”. Os smartphones começarão a ser enviados na segunda semana de dezembro e o preço não foi revelado; a Gradiente havia prometido que ele custaria “a metade de um iPhone”, o que hoje resultaria em R$ 1.399,00, tendo como base o valor do 5s de 16 GB, o que na minha opinião deixou de ser vantagem, dadas as especificações:
Falando na Apple, se por um lado os preços revelados pelas operadoras TIM e Oi como o valor cheio final fixado pela Apple (que ainda não iniciou a venda direta dos aparelhos em seu site) pois não realizam promoções em planos pós-pagos, por outro lado a Vivo resolveu que não quer mais vender aparelhos pré-pagos. Os planos pós chegam a ser interessantes para quem possui planos de dados volumosos, como por exemplo o 5s de 16 GB por 1.749,00 no plano Vivo Smartphone Ilimitado 400 4G, que custa R$ 349/mês. Mas quando o negócio são aparelhos pré-pagos, a realidade é outra:
Se R$ 2 mil pelo 5c de 16 GB já era caro, imagine R$ 2,6 mil. Já R$ 4,5 mil pelo 5s de 64 GB é o cúmulo (mais caro que o PS4, veja você). Se a Vivo não quer vender aparelhos pré-pagos era só não oferecer, pois praticar preços assim chega a ser indecente.