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Breaking News: uma razão excelente para impressoras 3D em escolas

Impressoras 3D em escolas são uma péssima idéia? Com certeza, não há benefício em deixar as crianças futucarem, mas isso as torna inúteis? Pelo contrário. O Instituto Smithsonian criou um projeto que torna essencial, imperativo, patriótico colocar impressoras 3D em escolas. Leia e concorde!

10 anos atrás

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Outro dia falei da idéia idiota da Makerbot de colocar impressoras 3D em todas as escolas dos EUA. Não faz sentido e as crianças passariam o dia baixando quinquilharias da Internet e imprimindo. Professores já atolados não teriam tempo para ensinar (assumindo que eles saibam) modelagem 3D, que é uma atividade pra lá de espinhosa. Seria isso suficiente para gongar as impressoras? Com certeza, eu não mudaria de idéia a não ser diante de um excelente, um maravilhoso e inquestionável motivo.

Aí, claro, o Instituto Smithsonian apareceu com um excelente, um maravilhoso e inquestionável motivo para toda escola ter uma impressora 3D, e devo dizer que me tornei campeão da idéia, inclusive no Brasil.

Fundado em 1843, hoje o Smithsonian é um conglomerado de museus espalhados pelos EUA, com um acervo de 137 milhões de itens, entre eles os modelos da USS Enterprise usados na série clássica de Jornada nas Estrelas.

Agora eles lançaram um projeto chamado Smithsonian X 3D que planeja — apenas — digitalizar todo o acervo de objetos do instituto. Não em fotos, mas em modelos 3D, com texturas. E o melhor: já é possível brincar com alguns!

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Na imagem acima, acessando pelo browser uma máscara em gesso de Abraham Lincoln. Além de passear em 3D pela imagem há um monte de informações. Só isso já seria bem legal, mas o Smithsonian também disponibiliza os arquivos 3D para download.

Percebeu o alcance da coisa?

Uma escola não precisará depender mais de simples fotos numa romipeige, nem de modelos caros, frágeis e insubstituíveis. Imagine uma aula (obviamente não no Kansas) onde pro professor não só fala, mas mostra aos alunos crânios dos ancestrais do mundo moderno. Uma aula sobre Egito, com estatuetas replicadas de originais milenares, escaneados.

Modelos de insetos, ampliados centenas de vezes, adicionando literalmente uma nova dimensão ao aprendizado. Veja o vídeo do projeto:

As possibilidades são infinitas, e não demandam toda uma expertise técnica por parte da escola. No máximo algum professor com pós-graduação em Artes Plásticas, para pintar os objetos.

Quantas escolas têm fósseis? Quantas escolas têm uma réplica de Stonehenge? Imagine quantas crianças salvaríamos do obscurantismo e da superstição, se na aula elas pudessem segurar uma réplica escaneada de uma ferramenta de pedra criada por nossos ancestrais, 2,6 milhões de anos atrás.

Isso sim justifica uma impressora 3D e escola. Justificaria até comprar uma, imprimir e doar os modelos, mas eu não tenho esse nível de filantropia em meu sangue. Nem grana. Principalmente, filantropia.

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