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John McAfee (é, aquele) diz ter equipamento de US$ 100,00 que bloqueia a NSA. Vai na fé, champs

John McAfee, aquele cidadão que é uma espécie de Tony Stark da Fluoxetina, que teria matado o vizinho, fugido de Belize e surtado mais ainda, agora reaparece como campeão da privacidade, com um equipamento que – segundo ele – é capaz de garantir comunicações seguras, à prova de espionagem da NSA. Isso tudo por apenas US$ 100,00.

10 anos e meio atrás

No final do ano passado John McAfee (ou um sujeito de um braço só) atirou no vizinho, matando-o com um tiro na nuca, usando uma Luger. Ele fugiu da polícia se enterrando na areia, dando início a uma caçada humana por… Belize. Fugindo pra Guatemala, ele foi entrevistado por um jornalista do Vice, mas a anta esqueceu de desligar as ferramentas de geolocalização e as fotos da matéria “Estamos com John McAfee agora, otáriostraziam a latitude e longitude de onde estavam.

McAfee pediu asilo, foi negado e ele foi preso. Simulou ataques cardíacos, protelou a extradição até seu caso ser revisto e no final (ter dinheiro é bom) conseguiu ser deportado para os EUA. De lá para cá ele tem cometido vários crimes contra a sanidade, mas desta vez caprichou.

Segundo o The Verge, ele está projetando uma trapizomba chamada… D-Central. Em tempos de Edward Snowden, Wikileaks, NSA, KGB, CIA, FBI, DEA, CBI e NCIS, a preocupação número um dos usuários que se acham importante o bastante para serem espionados é a espionagem. O negócio de McAfee resolveria isso. Ele chama de “dark web”. Eu chamo de D-Link sem cabo de modem ligado.

Ele jura que criou um sistema de criptografia que a NSA, a empresa que recebia supercomputadores Cray 2 anos antes de chegarem ao mercado, é incapaz de quebrar. O D-Central não tem conexão com a Internet, o que dificultaria sua invasão. Por outro lado significa que todos os alvos de interesse

O tal D-Central criaria uma rede privada, com um raio de 3 quarteirões, onde pessoas se conectariam anonimamente e trocariam arquivos e informações entre si. Se o equipamento for usado no Afeganistão, Somália, Detroit ou outro fim de mundo desses, a resposta mais provável não será uma tentativa de decodificação, mas…

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Claro, isso não poderá ser usado sempre, e algumas vezes é interessante acompanhar as conversas do pessoal que acha que está seguro. Funcionou na Segunda Guerra, com os Aliados sabendo até quantos barris de petróleo foram entregues a Rommel, na África (em um dos casos, 2).

Portanto, fica a opção: você pode confiar suas transações e comunicações ilegais a um equipamento de US$ 100,00 desenvolvido por um sujeito que atira em laptops e acende cigarros com notas de Dólar e isqueiros de Hello Kitty Maligna, ou pode achar que a NSA, com seu orçamento de US$ 11 bilhões, maior número de matemáticos contratados do planeta e décadas de experiência em lidar com as maiores agência de espionagem do planeta, será capaz de acessar essa informação.

Eu boto minha grana na NSA.

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