ICO, o fracasso comercial que influenciou a indústria

Se olharmos para a história dos videogames veremos uma enorme quantidade de títulos que se destacaram por serem muito divertidos, mas você já parou para pensar quantos podem ser apontados como referência? Um desses raros casos é o ICO, criação do até então desconhecido Fumito Ueda, o jogo já foi apontado por vários desenvolvedores como fonte de inspiração e para comemorar os seus 12 anos, o blog Game|Life publicou um excelente artigo em que fala sobre essa obra de arte.

Por ser um grande fã do game, acho que sou suspeito para falar sobre suas qualidades, então deixarei aqui um comentário feito por Raul Rubio, da Tequila Works e que considero a melhor descrição do ICO que já vi.

“O ICO não é sobre um garoto e uma garota escapando de um castelo assombrado ou sobre combater sombras com um graveto. O ICO é um jogo que transmite fortes emoções sobre solidão, injustiça, perda, morte, sacrifício, superar suas próprias limitações e como duas entidades indefesas podem superar qualquer desafio se tomarem conta uma da outra. Como um filme de Miyazaki ou da Disney, há um profundo significado por trás daquelas imagens cartunizadas. É ainda uma simples e profunda história, uma tragédia clássica.”

O curioso é que a estimativa é de que mesmo com a forte divulgação da Sony na época o jogo tenha vendido apenas 500 mil cópias, mas felizmente a empresa deu a muitos jogadores a oportunidade de conhecer este fantástico jogo ao lançar uma versão remasterizada junto com o igualmente excelente Shadow of the Colossus e se mesmo assim você ainda não lhes deu uma chance, na minha opinião vale muito a pena e desta forma você entenderá como o ICO ajudou títulos como Halo 4, Uncharted 3, Brothers: A Tale of Two Sons e Papo & Yo a se tornarem melhores.