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Windows Azure, Software + Services (Cloud Computing) e a droga do traffic shape

15 anos atrás

Há algum tempo recebi um e-mail da Microsoft na qual me foi permitida a participação do Community Technology Preview (CTP) dos serviços do Windows Azure. Olhem só o que eles fornecem apenas para um desenvolvedor brincar e estudar a tecnologia:

        Total compute usage: 2000 VM hours
        Cloud storage capacity: 50GB
        Total storage bandwidth: 20GB/day

Isso é o que eles oferecem para nós desenvolvedores estudarmos e brincarmos com serviços do .Net, SQL Server, etc. Agora imagine o mundo que temos adiante? Alguns leitores afirmam categoricamente que o browser ficou é mais relevante que o Sistema Operacional. Na verdade, o browser é apenas mais uma forma de distribuir aplicativos, é mais um cliente de uma plataforma ainda mais ampla.

Software + Serviços ou o Cloud Computing vai além do browser. É a conectividade parcial. Um aplicativo pode funcionar 90% do tempo na máquina do usuário. Aí podemos clicar num botão e ele faz uma consulta, em background, a um serviço na nuvem. Se o serviço estiver lá, ele puxa os dados mais recentes. Caso contrário, usa o cache local, mas fica esperando o momento em que a rede ficará disponível novamente para ele buscar a informação.

E aí chega a d0#%@ da minha operadora, e limita minha velocidade. O aplicativo, super ágil quando a banda larga está disponível, fica com tempo de resposta mais lento e vai me obrigar a trabalhar em um modo off-line até que eu diga para sincronizar tudo e deixo lá, até o dia seguinte.

Concordo com os leitores: nossa internet banda larga é ruim. E concordo que a culpa não é apenas dos impostos, mas a falta de concorrência. Quem mora em Manaus, por exemplo, deve achar quem mora no Rio ou em São Paulo uns bebês chorões. Lá a Internet de 300Kbps custa o mesmo que uma internet de 4Mbps pelas bandas de cá e olhe lá.

E não vai adiantar termos lindos serviços online como os que eu estou vendo no Azure, se a banda larga é esse lixo justamente para o meu público-alvo, o consumidor. Falta planejamento, gestão e controle, para garantir qualidade e concorrência. Os impostos já estão no seu devido lugar, demais até.

Mais de 30% da sua conta de Internet são impostos. No Japão são 5%. Ora bolas, como queremos desenvolver um país na área de software se o computador aqui custa 150% mais caro que nos EUA, a internet custa 50% a mais por um serviço com 1/10 da qualidade? Inclusão digital? Eu também quero!

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