Dori Prata 15 anos atrás
O ano era 1991. O mundo assistia atônito a primeira guerra transmitida quase que em tempo real através da televisão e a EA tratou de enxergar na Guerra do Golfo uma boa forma de ganhar dinheiro. Nascia ali uma das melhores franquias dos 16-bits e os jogadores não sabiam o quanto seria divertido pilotar um helicóptero Apache carregado até os dentes.
Como dito no início do texto, em Desert Strike nós éramos enviados ao Oriente Médio onde pilotávamos um poderoso helicóptero. A visão do jogo era no estilo isométrico, algo relativamente comum nos jogos da época. O game não possuía fases e devíamos cumprir as missões na ordem que quiséssemos e havia apenas um mapa bastante amplo.
Algo que chamava muito a atenção na jogabilidade é que o seu combustível era limitado, portanto tínhamos que ficar de olho no marcado para que o helicóptero não caísse. Também cabia ao jogador recolher armas e “sangue” que estavam espalhados pelo deserto e economizar os recursos era de vital importância.
As missões do game eram variadas, indo desde a destruição de aeroportos e postos de comando até o resgate de reféns e soldados. Nosso helicóptero contava com uma limitação no número de resgatados, portanto era comum ter que voltar para a base a fim de deixá-los em segurança.
Depois de conquistar muitos apreciadores, o jogo acabou ganhando algumas seqüências, sendo elas:
- Jungle Strike | Mega Drive, Amiga, SNES, DOS, Game Gear e Game Boy
- Urban Strike | Mega Drive, SNES, Game Gear e Game Boy
- Soviet Strike | Sega Saturn e PlayStation
- Nuclear Strike | PlayStation, PCs e Nintendo 64
Com as novas versões vieram modificações na jogabilidade, como adição de outros veículos como motos, aviões a até fases a pé. Um detalhe curioso é que no último jogo lançado havia um trailer daquele que seria o próximo jogo da série, o Future Strike, porém, este jogo nunca chegou a ver a luz do dia. Um spinoof chamado Future Cop: LAPD foi lançado, mas infelizmente não tinha a mesma qualidade dos demais.
Desert Strike fez um enorme sucesso, principalmente entre os donos de um Mega Drive, um Super Nintendo ou um Amiga e além da já citada jogabilidade extremamente viciante, contava com bons efeitos sonoros, gráficos acima da média e provavelmente ainda povoa a memória daqueles que apreciaram o game.
Posso estar enganado, mas acredito que muitas pessoas além de mim comprariam uma coletânea com toda a série Strike caso ela fosse lançada.