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Shoot 'em up! 10 melhores jogos de nave já lançados

Que tal relembrar alguns dos melhores jogos de nave já criados? Pois nesta lista escolhemos vários Shoot 'em ups que ainda hoje são muito divertidos.

4 anos e meio atrás

Muito antes dos MOBAs, dos Battle Royales ou até mesmo dos FPSs, existia um gênero que se não dominava os videogames, ao menos serviu como porta de entrada para muitas pessoas. Com uma jogabilidade simples, mas em muitos casos apresentando uma dificuldade elevada, eles ficaram conhecidos como Shoot 'em up, ou shmup. Já por essas bandas, ainda hoje é comum nos referirmos a eles como “jogos de nave” ou ainda mais informalmente, “jogos de navinha”.

Axelay - Jogos de nave

O motivo para tal nomenclatura tão excêntrica se deve a um motivo óbvio: exceto por título bem específicos, como o In the Hunt, onde controlávamos um submarino ou da série Cotton, onde estávamos no comando de bruxinhas, geralmente esse tipo de jogo nos colocava para enfrentar os inimigos a bordo de naves ou aviões.

E falar sobre a origem dos shmup nos remete ao começo dos jogos eletrônicos, quando em 1962 Steve Russell idealizou o Spacewar!, um game onde duas pessoas competiam para ver quem conseguiria levar a nave do adversário ao campo gravitacional de uma estrela ou a acertaria com tiros.

Porém, como aquele título só estava disponível nos enormes computadores encontrados em algumas universidades dos Estados Unidos, poucas pessoas tiveram o privilégio de experimentá-lo na época e por isso podemos dizer que o jogo que realmente popularizou o gênero (e consequentemente os fliperamas), atende pelo nome Space Invaders.

Como o próprio nome deixa claro, na criação de Tomohiro Nishikado tínhamos como objetivo proteger a Terra de uma invasão alienígena, com os monstrinhos inspirados nas criaturas do livro A Guerra dos Mundos descendo pela tela numa velocidade crescente. Aquele jogo então se tornou um fenômeno cultural, com os seu personagens tendo se transformado em sinônimo de videogames e mesmo quem não se interessa pela mídia os reconhecendo.

Além disso, aquele Shoot 'em up ainda serviu para fundar alguns dos alicerces da indústria, como a ideia de termos um placar de pontuação, oferecer “vidas” para os jogadores ou apresentando inimigos que reagiam aos nossos movimentos, sempre tentando desviar dos disparos que efetuávamos.

Com o passar dos anos os jogos de nave passaram por algumas mudanças, como ângulos de câmera diferentes ou até dando origem a uma espécie de subgênero, os bullet hell, além de viverem a sua era de ouro na década de 1980 para depois começarem a perder força — assim como muitos outros gêneros dos primórdios dos games.

Destrinchar toda a fascinante história dos shmup daria material para um livro, mas o objetivo deste post não é este. Aqui listarei aqueles que considero os 10 melhores jogos de nave já criados ou pelo menos aqueles que mais me agradaram. Reduzir um gênero tão fantástico como este a apenas uma dezena de títulos não é fácil, então usei como critério aqueles games que ainda hoje vez ou outra sinto uma tremenda vontade de jogar. Vamos a eles:

Ikaruga

Desenvolvido por um dos principais nomes do gênero, a Treasure, Ikaruga foi lançado nos arcades em 2001, mas se tornou um fenômeno dois anos depois, quando apareceu no Dreamcast japonês. O jogo se tornou tão popular que muitos donos do console começaram a importar a versão japonesa e quando no ano seguinte ele foi lançado no ocidente para o GameCube, sua popularidade só aumentou.

Mas o que fez deste um dos jogos de nave mais adorados? Simples, a sua mecânica de polarização. Com ela teremos que alterar entre dois escudos, branco e preto, e como os tiros inimigos serão sempre nessas cores, aqueles que atingirem o escudo e forem da mesma cor serão absorvidos, enquanto os da outra cor nos matarão. Algo simples, mas extremamente inteligente e que adiciona uma camada de estratégia com a qual os jogadores não estavam acostumados.

Plataformas disponíveis: Arcade, Dreamcast, GameCube, PC, Xbox 360, Nintendo Switch e PlayStation 4.

Radiant Silvergun

Outra criação da Treasure e que serviu como base para o fantástico Ikaruga, Radiant Silvergun saiu inicialmente nos fliperamas e depois acabou sendo adaptado para o SEGA Saturn. Para muitos críticos, este foi o título foi responsável por ressuscitar os jogo de nave, com a versão para o antigo console sendo adorada em todo o mundo mesmo sem nunca ter sido lançada no ocidente.

Além de contar com gráficos muito bonitos e uma jogabilidade desafiadora, Radiant Silvergun ainda ficou marcado por entregar uma história mais elaborada, que era contada através de animações exibidas entre os estágios e falava sobre um grupo de pilotos que precisava proteger o nosso planeta de inimigos que passaram a ser invocados por um misterioso cristal que estava enterrado. Um clássico que infelizmente é menos conhecido do que deveria.

Plataformas disponíveis: Arcade, SEGA Saturn, Xbox 360 (retrocompatível com o Xbox One).

G-Darius

A franquia Darius sempre foi conhecida por duas características: chefes que pareciam peixes robotizados e cujo tamanho os impediam de aparecer totalmente na tela. Pois foi aproveitando esses conceitos que em 1997 a Taito levou aos arcades o G-Darius, cuja letra G se refere justamente a… Giant!

Primeiro capítulo da franquia a adotar gráficos em 3D, hoje eles podem parecer um tanto datados, mas na época foi interessante ver a lendária Silver Hawk em três dimensões. G-Darius, podia não ter nada de muito inovador, mas ainda assim era um jogo de nave muito divertido e que impressionava pelos chefes enormes que precisavam ser derrotados por partes.

Plataformas disponíveis: Arcade, PlayStation e Windows.

U.N. Squadron

Adicionando alguns elementos de RPGs ao gênero, esse jogo da Capcom conquistou muitos admiradores aos nos permitir adquirir aeronaves e melhorias para encararmos as missões, além de oferecer um sistema de estágios que poderiam ser escolhidos de maneira não-linear.

Baseado no mangá Area 88, aquele Shoot 'em up contava a história de pilotos mercenários que precisavam combater um grupo terrorista, mas o seu grande diferencial estava na maneira como a sua jogabilidade se diferenciava de quase todos os jogos de nave que existiam na época. Destaque também para a versão de Super Nintendo, que contava com mais profundidade que a aquela disponível nos arcades.

Plataformas disponíveis: Arcade, Super Nintendo, Amiga, Amstrad CPC, Atari ST, Commodore 64 e ZX Spectrum.

Axelay

Enquanto eu estava do lado da SEGA e não possuía um Super Nintendo, um dos jogos para aquele console que mais me causava inveja atendia pelo nome Axelay. Uma das joias do catálogo da Konami, eu achava fascinante o fato dele possuir fases tanto na horizontal quanto na vertical, quando o efeito visual era algo de cair o queixo.

Contando com uma excelente trilha sonora composta por Taro Kudo e sendo um dos primeiros jogos do console a fazer uso do famoso Mode 7, Axelay ainda foi responsável por nos apresentar a um dos mais icônicos chefes de todos os tempos, o monstro de lava chamado Wayler e que pode ser visto na imagem que abre esse texto.

Plataformas disponíveis: Super Nintendo.

Gradius V

Ao lado de R-Type e Darius, para mim a série Gradius faz parte da santíssima trindade dos jogos de nave. Por isso apontar apenas um dos seus capítulos como o melhor não é uma tarefa fácil, mas vou me arriscar dizendo que é o Gradius V.

Desenvolvido pelos gênios da Treasure em parceria com a G.rev, poder voltar ao controle da Vic Viper foi uma experiência e tanto e graças ao poderio do PlayStation 2, ela nunca pareceu tão bonita. Com um design de fases primoroso e uma jogabilidade que remetia diretamente aos velhos tempos, a sensação era de estar jogando um antigo Gradius, mas com a qualidade técnica dos jogos mais modernos.

Plataformas disponíveis: PlayStation 2 e PlayStation 3.

R-Type Final

Embora eu sempre tenha gostado de shmups, por um bom, tempo me mantive afastado do gênero e se teve um jogo que me fez voltar a jogá-los, foi o R-Type Final. A primeira vez que coloquei o seu disco no PlayStation 2 eu não consegui deixar de esboçar um sorriso até parar de jogar e pensando bem, são momentos assim que marcam nossas vidas como gamers.

Com gráficos espetaculares, uma jogabilidade sólida e desafiadora e mais de uma centena de naves para desbloquear, o jogo ainda modificava os estágios de acordo com a dificuldade que tivéssemos escolhido. R-Type Final é daqueles jogos que me orgulho por ter na minha coleção e que acredito que nunca deixarei de gostar.

Plataformas disponíveis: PlayStation 2.

River Raid

Diante dos demais títulos citados aqui, este certamente é o mais simples, mas isso nem de longe significa que seja o menos divertido e se a minha memória não me permite dizer qual foi o primeiro Shoot 'em up que joguei, não tenho a menor dúvida de que foi o River Raid o responsável por me fazer começar a amá-los.

Criado por Carol Shaw, o jogo foi um enorme sucesso comercial, com mais de um milhão de cartuchos tendo sido vendidos e acho que não conheço uma pessoa que tenha passado pela época do Atari sem ter colocado as mãos neste clássico. Só as competições que eu travava com o meu pai para ver quem faria mais pontos já seria suficiente para garantir o lugar do River Raid aqui.

Plataformas disponíveis: Atari (e várias outras plataformas através de coletâneas).

Thunder Force IV

O Mega Drive sempre será lembrado como uma das melhores plataformas para quem gostava de jogos de nave e por isso uma das suas principais séries do gênero não poderia ser esquecida. Lançado em 1992, Thunder Force IV (que nos Estados Unidos ficou conhecido com o péssimo nome Lightening Force: Quest for the Darkstar) foi o último capítulo da franquia a aparecer no console e fez bonito.

Com cenários repletos de detalhes e uma velocidade absurda, aquele jogo explorava o máximo que podia do console da SEGA e o resultado foi um dos títulos mais impressionantes lançados para o Mega Drive. Alguns podem considerar a sua jogabilidade pouco inspirada, preferindo o Thunder Force III, mas não acho que isso seja um demérito.

Plataformas disponíveis: Mega Drive, SEGA Saturn e Nintendo Switch.

Aero Fighters/Sonic Wings

Outro dos games para Super Nintendo que sempre desejei que fosse lançado para o Mega Drive, mas que no fim das contas me fez gastar uma grana nas locadoras que ofereciam “jogos por hora”. Nos permitindo escolher entre vários pilotos cujos aviões contavam com tiros e bombas diferentes, o que sempre gostei nesse jogo era a sua pegada mais “realista”, com as fases se passando em cenários como cidades, florestas e mares.

Tudo bem, não fazia sentido o nosso avião ser tão menor que os chefes de fase, muito menos as nossas armas se tornarem mais poderosas conforme coletássemos esferas que ficavam flutuando pela tela, mas quem se importa? Aquele foi um jogo que fez a alegria de muita gente, principalmente quando jogado em dupla e que acredito que seria muito bem vindo se retornasse com novos gráficos e algumas novidades na jogabilidade.

Plataformas disponíveis: Arcade, Super Nintendo e PlayStation 2.

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