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Análise: Sansa FUZE

15 anos e meio atrás

Neste mês de setembro, a Sansa vai lançar no Brasil o FUZE, seu tocador MP3.

Recebi para análise um destes, com 8GB de flash. No entanto, por aqui só serão vendidas as versões 2GB e 4GB. O preço fica para o último parágrafo...

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A primeira impressão: ele é bonito. Muito bonito. O modelo enviado para a análise é da cor prata (estão disponíveis as cores: azul, vermelha, preta e rosa) e o material passa a impressão de ótima qualidade. A parte traseira é de um plástico rugoso e a frontal é de um plástico liso, brilhante e muito agradável ao tato. Pesando menos de 60g e com 7,8cm x 4,8cm x 0,76cm, cabe perfeitamente no mão e nos bolsos.

Antes de prosseguir, as características técnicas:

  • modelos de 2GB, 4GB ou 8GB;
  • tela de 1,9’’ (220x176);
  • saída para fones de ouvido tipo P2;
  • rádio FM (armazenamento de 40 estações);
  • gravador de voz;
  • suporta mp3, wma, wav, mpeg4;
  • USB 2.0;

 

Em uma das laterais está o botão de liga/desliga, que também serve como trava. Na outra, o slot para cartões microSD e o microfone. Na parte de baixo, o conector para o cabo de sincronismo (que também faz a carga da bateria).

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A tela é excepcionalmente brilhante e nítida e na parte frontal há um botão com uma “casinha” desenhada, um botão central e uma “roda”, à primeira vista muito semelhante à dos iPods. No entanto, em vez de um sensor capacitivo e livre de movimento, a interface do FUZE usa uma chave rotativa (que os mais técnicos verificarão ser muito semelhante a um optical encoder).  Ela pode ser girada nos sentidos horário ou anti-horário, mas há uma pequena resistência a cada 30 graus… é difícil explicar, mas é isso o que dá a sensação de “passos”. Me pareceu mais confortável que a interface da Apple e, como aquela, esta também pode ser pressionada na direita e esquerda, em cima e em baixo.

Em volta dessa “roda”, há um iluminador azul, que fica ligado enquanto a tela também estiver, dando um efeito muito chamativo, mas muito bonito.

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Girando a “roda”, o menu principal mostra as opções de “Voz”, “Rádio FM”, “Fotos”, “Vídeos”, “Música” e “Definições”. O menu pode ser mostrado em várias línguas, inclusive o português do Brasil (há algumas opções como “Suomi” e “Srpski”).

Clicando-se no botão central, é possível se aprofundar um nível nos menus. Apertando o botão da esquerda, volta-se um nível. Isso, na maioria das vezes. Há pequenas inconsistências, que não tiram o brilho do aparelho, mas incomodam quem está acostumado com o iPod.

Quando se está no modo “música”, o botão central muda a visualização (tempo da música, raias de frequência, capa do álbum, próxima música).

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Duas coisas que sempre senti falta no iPod funcionam muito bem no FUZE: o rádio FM e o gravador de voz. É possível gravar conversas normais, sem a necessidade de elevar a voz e a capacidade de gravar 40 estações é mais que suficiente para a grande maioria das pessoas.

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As fotos ficam muito nítidas no display, apesar do tamanho. Já os vídeos ficam pequenos demais e são suficientes para se ter uma idéia geral da coisa. Não tente assistir “O Senhor dos Anéis”…

Na caixa do tocador, vieram os fones de ouvido (claro), um cabo USB, uma capinha e um mini-CD. Os fones cumprem seu papel, têm capas e se encaixam bem no ouvido. Pelo menos, no meu. Duas pessoas reclamaram do tamanho, mas como o plug é padrão P2, fica fácil conseguir um substituto na Santa Efigênia ou na lojinha de eletrônica da esquina.

O cabo USB é proprietário da Sansa, não é o padrão miniUSB onipresente em câmeras fotográficas. As músicas são transferidas rapidamente, como era de se esperar.

A capinha é um adicional muito bem-vindo. Feita de um material parecido com feltro, além de proteger o tocador também serve para limpar a tela, invariavelmente suja com a gordura dos dedos.

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No CD veio uma apresentação em Flash, com opção de se baixar o “Rhapsody”. Através dele é possível comprar músicas (como no iTunes), vasculhar seu HD à procura delas, ripar um CD e assim por diante.

Sempre odiei o iTunes e o Rhapsody dá um banho de funcionalidade. É muito mais fácil copiar as músicas, editar as playlists… para quem é acostumado ao Explorer, é claro. Aliás, uma curiosidade: o FUZE permite apagar as músicas através do próprio aparelho, coisa impossível de se fazer no iPod.

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De forma geral, o conjunto é muito agradável. O som é bom, a interface é funcional, a bateria é durável (a propaganda não mentiu: ela dura 24h de música contínua) e o material é de ótima qualidade. O software funciona bem, apesar de não ter criado uma conta na loja virtual, então não sei como é o serviço para os brasileiros.

Os outros detalhes que diferenciam o FUZE são o conector para cartões microSD (especialmente se você comprar o modelo mais básico, de 2GB) e o acabamento, sem dúvida.

É um player que vai deixar saudades, realmente gostei muito. Pelo menos, até saber o preço… e aí as coisas ficam complicadas para a Sansa.

Segundo a assessoria de imprensa, o modelo de 2GB sairá a R$599,00 e o de 4GB, a R$759,00. O de 8GB não será comercializado por aqui. Considerando que o iPod nano de 4GB está na faixa dos R$550,00 nas lojas “oficiais”  e R$350,00 por vias “oficiosas”, será complicado ganhar o mercado. O que é uma pena, pois o FUZE não deixa nada a dever à concorrência e a supera em alguns pontos.

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