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RIM investe em conceito revolucionário: Programador também come

16 anos atrás

Por incrível que pareça unicórnios não descem de arco-íris trazendo frutas, peixes, pães e dinheiro do IPTU para programadores. Esses profissionais precisam arcar com suas despesas, e quando deixam de viver de mesada sua escolha de ambiente de desenvolvimento recairá muito mais no que o Mercado precisa do que em suas opções pessoais e ideológicas.

Não basta ter belos olhos, é preciso que seu ambiente seja economicamente viável. Para isso as empresas investem muito, vide a Microsoft, com seus eventos, treinamentos e consultorias.

(pausa para os freetards acusarem a Microsoft de subornar programadores, de comprar a mão-de-obra, forçar o mercado, bla bla bla bla e bla)

OK, prosseguindo. Criar um meio-ambiente onde exista massa crítica suficiente para que seu produto ande com as próprias pernas é essencial, mas a concorrência foi além da Microsoft e seu foco nos desenvolvedores. Estão focando direto nas empresas.

O Google quer que todo mundo use o Android (eu usaria, se fosse a #6 - AVISO: Não procure por "cylon #6" no Google Images, NSFW, irá ofender sua moral e bons costumes). Mas não é bobo, por isso ofereceu US$10 milhões em prêmios para aplicações desenvolvidas para a plataforma.

Já a Apple quer tanto que os desenvolvedores criem aplicações para o iPhone que separou US$100 milhões para investir em empresas que criem programas para a plataforma.

A RIM e seu Crackberry não ficou atrás. Investindo US$150 milhões em empresas de software para o Blackberry, teve uma atitude pra lá de inteligente, pois sabe que mais dia menos dia o iPhone vem aí . Embora tenha vendido 2.54 Blackberries para cada iPhone vendido em 2008, não vão deitar sobre os louros, como a Palm fez.

O investimento é mais poderoso ainda, pois há uma indústria saudável de desenvolvimento para o Blackberry, enquanto o iPhone oficialmente não tem nenhuma fora a Apple (o SDK não saiu do beta), e o Android ainda é um lindo vapor e um conceito, que não disse a que veio.

Investir em algo que já existe significa que as empresas não precisam aprender a desenvolver para o Blackberry, mas que elas precisarão apenas sonhar mais alto, planejar a ampliação de seus quadros e investir em aplicações mais ousadas.

Ampliar a base de desenvolvedores quando você já é líder de mercado chama-se planejamento estratégico de longo prazo. Para os próprios desenvolvedores isso é reconfortante, pois sabem que não teremos repetição da Palm e sua política arrogante de mandar todo mundo se ralar, pois ela era a dona do pedaço. Deu no que deu.

O Blackberry no Brasil não é o fenômeno que se tornou nos EUA, mas se fosse montar uma empresa de nicho hoje, eu investiria na plataforma, principalmente em localização de aplicações de 3os, adaptando-as para o mercado nacional.

Lembrem-se, até o Leo, que é AppleManíaco não trocou seu Crackberry por um iPhone.

Fonte: Silicon Alley Insider

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