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ESA Júlio Verne - A lata de lixo-robô mais famosa desde o R2D2

16 anos atrás

A ESA Júlio Verne, como já falamos aqui, é um cargueiro-robô projetado para levar até 4,5 toneladas de suprimentos por viagem, para a Estação Espacial Internacional. Sua primeira missão foi um sucesso absoluto, tendo atracado com a estação sem falhas. Porém nem tudo são flores, e a missão final da nave não é muito gloriosa.

No final de Agosto a nave será carregada com 6,5 toneladas de lixo (a capacidade dela é 4,5, mas pra baixo todo São Isaac Newton ajuda) separada da estação e fará uma reentrada controlada (cairá com estilo) no oceano Pacífico.

Felizmente a nave cumprirá antes disso uma missão mais nobre: Está sendo usada para reposicionar a órbita da Estação Espacial. Com a fricção na alta atmosfera (mesmo a 350Km de altitude) há uma lenta porém contínua perda de velocidade, que resulta em uma perda de altitude, que resulta em aumento de fricção com uma atmosfera mais densa. Para evitar que a Estação saia de órbita, é preciso reposicioná-la periodicamente.

Como o Chefe Milles O'Brian, de DS9 sabe muito bem, isso dá trabalho. No caso da Estação Espacial, usam os Shuttles, as naves Soyuz ou mesmo os motores de manobra da própria Estação. Desta vez usaram a Júlio Verne. Em uma manobra de 17 longos minutos aumentou a velocidade orbital do conjunto em 2,65m/s e a altitude em 4,5Km. Até Agosto estão previstas mais duas manobras dessas.

Impressionante é a porta de carga do módulo onde a Júlio Verne atraca ter força pra resistir a algo empurrando a Estação inteira.

Aqui neste link temos um vídeo da Agência Espacial Européia mostrando o ciclo completo de vida da nave. Note que deixaram de fora o detalhe do lixo, acho que não é nobre o bastante para ser citado.

Fonte: Universe Today

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