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Encontro de Blogueiros com a Microsoft: Resultados

16 anos atrás

Na sexta-feira rolou mais um Encontro Microsoft com Blogueiros, um evento informal que reúne gente de blogs e gente do Tio Bill para falar sobre tecnologia, mercado, fofocas e das dificuldades em contratar ninjas competentes hoje em dia.

Ficamos em uma sala para recepções, comendo brigadeiro, quindim e vendo a vista do 31o andar do WTC, esperando os outros blogueiros chegarem. O petit-comitê juntou gente de vários blogs, e os alarmes foram até desligados, pois não acusaram o notebook do Fugita, rodando Linux.

Fomos para a Sala MSN (sim, cada produto tem sua sala, passamos até pela Sala XML. Antiga Sala .INI e anteriormente Sala TXT. Lá conhecemos o Osvaldo Oliveira, Diretor de Serviços Online da Microsoft Brasil. Gente muito boa, junto comigo o único ali que viu a Internet nascer.

Vista da Microsoft. Haha entenderam?
"Vista" hahaha como eu sou engraçado.

Depois assistimos um vídeo do Chief Software Architect da empresa, Ray Ozzie, falamos sobre o binômio Software+Serviços e a tendência atual em hospedar aplicações na "nuvem". Há muita gente migrando para esse caminho, seja na plataforma Live, seja no Google. Por outro lado, muita gente se decepciona ao perceber que aplicações online não servem para alguns tipos de uso, como data mining, aplicações gráficas e planilhas de verdade.

De um lado tínhamos um xiita de aplicações online, defendendo o uso irrestrito de tudo "na nuvem", o Fugita. Do outro lado, um xiita que odeia rodar qualquer coisa online, preferindo sempre aplicações locais, eu.

Perguntei ao Osvaldo como a Microsoft pretende convencer o consumidor a migrar para as aplicações online. A resposta foi um safanão bem-dado.

"Não queremos convencer ninguém". A idéia é oferecer TODOS os serviços. Do alto do meu xiitismo fui forçado a concordar. Afinal, quem disse que a Microsoft precisa tomar uma posição nessa "briga"? Há problemas que precisam de soluções online, outros funcionam melhor com soluções locais. Eles estão oferecendo TODAS as soluções, indo desde os servidores físicos no cliente, até a total abstração, onde você contrata um serviço "email" e nem se preocupa onde, quando e como ele funciona.

Da esquerda para a direta, começando por trás:
Infoblog, MeioBit, Oito Passos, WNews, Techbits, Microsoft

Isso pode representar uma boa redução de custo, ainda mais para empresas médias que cresceram demais para usar emails gratuitos, mas que não querem investir em infra e pessoal para manter uma estrutura local.

Falamos bastante sobre a mudança de paradigma para um mercado baseado em publicidade. E o que posso dizer é que logo teremos uma excelente surpresa para quem tem blog e veicula anúncios, no Brasil. Falamos sobre o modelo patrocinado versus o modelo de licenças, no caso de softwares, e realmente há uma grande percepção de que com a migração para serviços online, o faturamento virá todo praticamente de publicidade. Exceto para empresas. Não dá para imaginar a Coca-Cola usando um serviço da Microsoft e da IBM sem um contrato de suporte, e é isso que uma licença de software paga.

No tour que fizemos conhecemos inclusive Michel Levy, Presidente da Microsoft Brasil, sujeito muito simpático, que pelo visto absorveu direitinho a cultura corporativa de Redmond, dada sua informalidade.

Antes de irmos para um Happy Hour, ainda deu tempo do Jonny Ken demonstrar sua frustração por não ter trazido um currículo. O ambiente, a postura feliz dos funcionários e a área de lazer, com refrigerantes grátis, poltronas confortáveis e um XBox 360 com telão LCD para os funcionários relaxarem o deixaram com vontade de trabalhar ali.

Lembrando que na última empresa que trabalhei os garrafões de água eram enchidos na torneira, através de um filtro de R$15 da Casa e Vídeo, devo dizer que entendi perfeitamente o Jonny.

O MeioBit agradece o convite e dá parabéns à Microsoft, por ser a empresa atualmente com mais abertura junto aos blogs. Que isso sirva de lição ao Mr Jobs, que nos trata como inimigos, chegando a processar blogueiros que ousam falar de seus produtos sem autorização.

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