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A Persistência da Memória

16 anos atrás

Meu primeiro computador foi um CP-200, uma cópia da Prológica dos Sinclair ingleses. Rodava em um processador Z80, e tinha incríveis 16kB de memória. Não MB, kB. para dar uma idéia, a foto deste artigo tem 32KB. E está bem comprimida.

Um computador inteiro rodava com a mesma memória necessária para exibir meia-foto pequena.

Depois disso passei para o ZX Spectrum, com 48KB, e depois para o maravilhoso Amiga, com 512KB de memória. Acreditem, era bem melhor que qualquer PC da época.

Quando migrei para a linha PC, com um incrível 386 DX-40(MHz), coloquei 4MB de RAM. 8 vezes o que tinha no Amiga. Custou caro, o MB de RAM custava US$50,00. Hoje esse preço caiu em uns 2000%, pois 2GB de RAM para notebook, se procurar bem, saem por US$47,00.

Agora chegou o cartão de memória MicroSD de 8GB que comprei para o celular (dica: não é um iPhone). Não lembro do preço, mas acho que foi menos de R$200,00. Resolvi fuçar as gavetas e ver o que achava. Realmente foi uma viagem no tempo. Acompanhem a imagem:

A placa maior é uma memória EDO de 8MB. Abaixo um Memory Stick da Sony com 16MB (as câmeras vinham com 256KB, bando de japas sovinas!) e o módulo quadrado é parte do gabinete de memória de um mainframe. Não me perguntem como consegui, nem quanta memória tem ali, deve ser quase nenhuma.

No meio, o MicroSD de 8GB.

Para dar uma idéia da equivalência, para ter a mesma quantidade de memória -8GB- em módulos EDO de 8MB, colocados lado-a-lado percorreriam 110 metros.

Onde isso vai parar? Não sei. O importante é perceber o quanto esse avanço foi maravilhoso. Em menos de uma geração passamos de máquinas com vagas lembranças para uma capacidade de armazenamento incrível. E lembre-se: Embora os filmes estejam mais e mais pesados, um livro ocupa HOJE a mesma quantidade de bytes que um livro ocupava 20 anos atrás. A diferença é que hoje você pode levar em um cartão menor que uma unha TODA a sua biblioteca de consulta.

O futuro é ou não é maravilhoso?

Nota: O título deste post é uma referência à série COSMOS, de Carl Sagan. Se você não viu, veja. Se viu, veja de novo.

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