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Entrevista com Peter Brown da Free Software Foundation - parte 1

16 anos atrás

Se vocês acham que vida de blogueiro é só acender charuto com notas de 100 dólares, sair com modelos e atrizes, viajar para lugares paradisíacos e conhecer expoentes do Software Livre que tomam banho e se comportam de forma civilizada e simpática (não é a regra, o Rodrigo que o diga), acreditem, nem tudo é diversão.

Estou com 1h de entrevista com Mr Brown aqui, e acreditem, o iMovie não faz milagres. (Steve Jobs faz, dizem, mas isso é outro papo). Traduzir, editar e legendar vídeo dá MUITO trabalho.

Para não perder o timing do evento, decidi publicar de forma picotada a entrevista, feita em conjunto com Pablo Hess, da Linux Magazine.


Peter Brown é um súdito da Rainha, contador de formação que se apaixonou pelo conceito de Software Livre, se apresentou como voluntário e foi galgando posições até se tornar Diretor-Executivo da Free Software Foundation. Consegue defender sua causa seu ser chato, e em suas próprias palavras não pega fogo se tocar em um Mac. Embora não seja mais um programador, nos velhos tempos ele escreveu vários jogos para computadores da linha Sinclair, na Inglaterra. Ele gosta de dizer que teve seu primeiro programa publicado em uma revista em 1985, no mesmo número em que a revista deixava de ser publicada e o editor dizia ser aquele o fim do software compartilhado, que a partir de então os programas seriam somente produzidos de forma profissional, e não havia mais sentido em publicar e compartilhar código-fonte. Ele literalmente viu a "morte" do Software Livre, mas pelo visto os boatos dessa morte foram um tanto exagerados.

Usei várias perguntas dos leitores, e posso adiantar alguns fatos: Sim, ele só escuta música em Ogg Vorbis, sim, ele toma banho, não, ele não é chato nem antipático, muito pelo contrário. Também não cobra para tirar fotos, divide a conta da cerveja, não exige que suas entrevistas sejam disponibilizadas em formatos livres e não, ele não defende a idéia de software livre ou morte. Tanto que sua máquina fotográfica é uma HP, com firmware proprietário. Peter é inteligente demais para fazer pirraça. Ele defende Software Livre sempre que possível. Se não for possível, use o que tiver que usar, e trabalhe em prol de uma solução Livre.

Vamos então às nossas duas perguntas iniciais:

1 - Qual sua opinião quanto às empresas de software proprietário que, quando ninguém mais usa seus programas, abrem o código e tentam posar de amigo do software livre?



2 - Durante muito tempo o Software Livre produziu cópias de softwares proprietários. Não era hora de criarem uma killer application que “forçasse” a migração para software livre, por parte dos usuários?


Não percam no decorrer dos próximos dias o resto da entrevista.

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