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Apresentação é tudo

16 anos atrás

Bill Gates descobriu da pior maneira que não adianta redesenhar inteiramente um sistema operacional se a cara dele continua a mesma, ou pouco diferente. O pessoal do Linux passou anos se gabando da linha de comando, que mantinha os n00bs afastados, mas assim que percebeu a importância de uma boa interface, começou a ganhar convertidos. Hoje o Compiz e Cia são responsáveis por um monte de "uaus", e passam muito mais a imagem de "sistema operacional de verdade" do que qualquer mapa de gerenciamento de memória ou reconhecimento de periféricos.

O usuário comum, usuário-consumidor quer algo que seja agradável de ver e mexer, daí o sucesso do Ubuntu (apesar de pessoalmente eu não gostar daquela interface marrom-zune marrom-cocô.

Essa cartilha foi escrita pela Apple, e pelo visto pouca gente no mundo do Hardware a leu. Vejam a diferença entre as caixas de um Macbook e de um Travelmate da Acer:

Estamos falando da diferença entre uma caixa que fica bonita em uma vitrine, e uma caixa que ocupa espaço em um estoque. O consumidor quer isso. Quer uma experiência agradável durante todo o tempo. Computador hoje é mais um eletrodoméstico, e se você não fabrica o seu com essa perspectiva, seus consumidores irão buscar alternativas.

E esse consumidor, se passar por uma prateleira e ver essa caixa do Macbook, provavelmente vai dizer "é esse", afinal basta olhar e ele sabe exatamente o que tem dentro.

Por incrível que pareça essa estratégia não tem NADA de nova. São regrinhas mercadológicas básicas conhecidas por qualquer um, de subgerentes de supermercado para cima. Estranho é essas regras terem levado tanto tempo para chegar no mundo dos computadores, e ainda causarem tanto desconforto.

Entendam, geeks: As pessoas comuns estão invadindo nosso mundo, e não tem volta.

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