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Brasil consegue mandar o Linux para o espaço

16 anos atrás

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Ontem, 16/12/07, foi lançado com sucesso da Barreira do Inferno, RN, o foguete VS30. Como carga útil experimentos argentinos e um protótipo de GPS desenvolvido pelo Departamento de Física Teórica e Experimental (nem adianta clicar, o site é podre) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Atingindo 121Km de altitude, o vôo durou 9 minutos e 25 segundos, quando a carga útil caiu no mar, sendo recolhida por um helicóptero Blackhawk da Marinha.

Depois de tantos fracassos, é bom ver uma missão bem-sucedida, ainda mais para um programa espacial absolutamente carente de recursos e verbas.

O experimento brasileiro levava um GPS adaptado por pesquisadores do Departamento de Física Teórica e Experimental da UFRN para funcionar em veículos de alta dinâmica. Quem já mexeu com os GPSs tradicionais antes dos modelos SIRF-III sabe que eles demoram bastante até achar satélites, fixar posição, etc. Transporte isso para um veículo se movendo a Mach 5 ou mais e o GPS se torna inútil, preferível depender de navegação inercial.

Citando o press release do Comando-Geral de Tecnologia Aeroespacial da Aeronáutica:

A atual tecnologia do GPS foi desenvolvida graças a idéia do professor Enivaldo Bonelli, do Grupo de Pesquisa Ionosféricas da UFRN, que sugeriu, anos atrás, a mudança do sistema que operava em DOS para o Linux, a fim de diminuir lentidão que o GPS apresentava para fornecer os dados da sua localização. A sugestão foi levada para a Universidade de Cornell pelo professor Francisco Motta, membro do mesmo grupo de pesquisa, sendo então acatada e implementada no programa espacial norte-americano e em centros de pesquisa da Alemanha.

Parabéns aos envolvidos. Quanto aos experimentos argentinos, se quiser ler sobre eles, vá procurar no MejoBit, ou algo assim 😉

Fontes: Google News, Agência Espacial Brasileira, CTA

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