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As razões que me fizeram escolher o Xbox One

Passado o calor da E3, fica para cada um de nós pesar os prós e contras dos consoles da próxima geração e decidir qual se adapta à nossas necessidades. Neste texto, explico por que o XBox One me conquistou.

11 anos atrás

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A E3 2013 já está na história como uma das edições mais emocionantes de todos os tempos. Desta vez, as desenvolvedoras apenas fizeram sala para que Sony e Microsoft levantassem torcidas dignas de final de evento esportivo. Hooligans de cada um dos lados, prontos para humilharem seus adversários a cada anuncio de jogo, preço e função de seus consoles do coração.

No fim, o que ficou foi a sensação de que a Sony e seu PlayStation 4 será o grande console da próxima geração, mesmo sem ter vendido um único console ainda, privilégio que nós consumidores só teremos a partir do final do ano. Mas, passado o calor dos embates e comparações, ficou a cada um de nós, individualmente, escolher qual será o novo gadget de jogos da nossa sala. A minha escolha, talvez correndo contra a maré, principalmente do mercado gamer brasileiro, é o Xbox One, da Microsoft. Vou tentar explicar aqui os porquês da minha decisão.

O mais simples de explicar é o preço. Enquanto o PlayStation 4 oferece seu console a 399 dólares, o Xbox One tem uma diferença de cem dólares a mais. Para simplificar, trabalharei com os valores nos EUA, até mesmo porque pretendo importar o meu. Para mim, a diferença de 100 dólares não é um valor tão alto, para um aparelho que usarei por pelo menos 5 anos. Incluindo as capacidades de gravar meus programas de TV e as apps de entretenimento vejo que Xbox One poderá substituir o atual Xbox 360, o DVR da TV a cabo, o Boxee Box e o Apple TV que tem na sala de casa em um único aparelho, principalmente por que gostei da capacidade de troca instantânea de funções e jogos. Hoje, eu posso garantir que uso os serviços de entretimento diariamente e jogo, quando muito, a cada 3 dias. Também estou levando em conta que todo Xbox One já vem com o novo Kinect, que se não fosse obrigatório, eu acabaria comprando.

Seguindo o preço, a política de DRM considerada pesada do Xbox One é um fator aparentemente contra, já que o PlayStation 4 promete troca ilimitada de jogos e nenhuma limitação de região. Se você der uma olhada no meu perfil no Raptr, vai reparar o óbvio: eu só sei jogar Forza e Forza 5 será meu jogo principal em 2014. Também, pelo meu retrospecto como consumidor, acho que nunca troquei um jogo. O máximo que fiz foram (pouquíssimas vezes) vender um jogo que não gostei. Mas, para isto, ainda existe a possibilidade de vender para locais autenticados pela Microsoft, além da política de ter amigo a mais de um mês na Live. Não é a melhor situação do mundo, mas não é nada tão dramático.

Somado a isto, eu tenho uma aposta de que a Microsoft está mirando como concorrente não o PlayStation 4, mas sim o Steam, e assim estaria começando a doutrinar seus usuários a investirem em compra digital. Neste texto que aparentemente foi escrito por um engenheiro da Microsoft, e recomendo fortemente a leitura, há um ponto de vista bem diferente da visão geral de nós, consumidores. Se hoje não temos vendas digitais nos atuais consoles com preços tão bons como na Steam, isto se dá ao fato de que o comércio de vendas de mídias usadas e trocas tira a margem de lucro das desenvolvedoras. Na ponta do lápis, isto faz com que o valor dos jogos se torne caro, mesmo na atual geração. Este é o motivo pelo qual a Steam pode barganhar vendas mais baratas. Se comparado ao Steam, a política de trocas da Microsoft não parece tão maléfica. Quem tem Steam sabe, a política de trocas é quase inexistente. O que faz valer a pena então? O preço muito mais baixo do que o dos consoles. Seguindo uma política de restrição tão parecida com a do Steam, acredito que haverão preços para download digital muito, mas muito mais em conta para o Xbox One do que para o Playstation 4.

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O "ping" diário é o outro ponto "negativo" para quem considera comprar o Xbox One, mas novamente vou considerar meu uso pessoal com o PS3 e o Xbox 360 nestes últimos 6 anos. Eu assino a Live desde 2007, uso Netflix, Hulu Plus e NBA League Pass diariamente, todas as noites. Para mim, é inconcebível viver sem ter internet, mas... curiosamente, na última sexta-feira a internet caiu durante todo um dia. Como não pude trabalhar, decidi jogar um pouco de Ghost Recon: Future Soldier. Qual foi minha surpresa ao descobrir que todos os meus saves estavam armazenados no cloud storage da Live. Rapidamente peguei meu Lumia e fiz um hotspot com o Xbox 360 e em menos de 3 minutos já estava jogando meu single player sem traumas. Eu não consigo enxergar como um ping feito automaticamente todas as noites no meu console pode prejudicar meu jogo onffline, uma vez que uso o console online diariamente. E não, eu não carrego um console pra uma mata virgem longe de qualquer sinal de celular. Eu tenho tablet, PS Vita e celular pra jogar em viagens.

E, por último, eu tenho um sério problema de confiança na Sony. A impressão que ainda tenho do PlayStation 4 é de que o sistema ainda está "cru". Levou-se tempo para exibir o console, que é mais bonito, ainda não há nenhuma idéia de sua interface gráfica, o serviço de streaming gaming não tem data prevista e ainda sinto falta de ver gameplays dos jogos anunciados. Durante toda a apresentação da Sony vi muitos trailers, mas poucos jogos sendo demonstrados. E a lembrança da falta de jogos no início do PS3 ainda está fresca na minha memória.

Sendo assim, pesando as vantagens de uma central de mídia integrada com minha TV a cabo, conteúdo exclusivo de mídia (como a série de episódios de Halo), a perspectiva de jogos mais baratos e a segurança de um console que me serviu muito bem até o fim, o Xbox One será o meu console de escolha. Não acho o Playstation 4 ruim, muito pelo contrário. Acredito que será muito bem sucedido. Mas na sala de casa, o console da Microsoft chegará primeiro.

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