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Espanha constrói submarino excelente na parte de afundar. Emergir, nem tanto.

Parece piada de português, mas é de espanhol: depois de anos em construção, submarinos mais modernos do mundo (pra eles) são 100 toneladas mais pesados do que deveriam e se afundarem, não voltam.

11 anos atrás

Esse causo veio a calhar. Agora que é ilegal fazer piada de português, podemos transferir as anedotas para o país vizinho, preservando o efeito humorístico sem sair da península Ibérica. Transferência essa bem merecida, diga-se de passagem.

homersubmarine

Tudo começou quando a Espanha, achando que ainda era potência marítima resolveu se preparar para tentar invadir de novo a Inglaterra, e começou a modernizar sua frota.

Megalomaniacamente decidiram construir o “submarino mais moderno do mundo”. Não-nuclear, claro. Fizeram uma licitação e isso rendeu um contrato de 2,2 bilhões de Euros à Navantia, uma empresa que não é exatamente novata, trabalha com estaleiros e defesa desde 1730.

OK, é caro, não há necessidade, mas se até o Brasil constrói submarinos, é justo que a Espanha também o faça. Qual o problema?

Das 4 embarcações planejadas, já começaram a construção do terceiro submarino. O primeiro deveria estar navegando em 2011, mas como bom projeto de governo, só seria entregue em 2013. Seria, pois descobriram um pequeno erro de cálculo.

Um pequeno erro de 100 toneladas, pra ser preciso.

Isso mesmo: os projetistas erraram nas contas e o S-80 é 100 toneladas mais pesado do que deveria. Se fosse ao mar afundaria como uma pedra, seria um desastre pra rivalizar o Vasa.

Agora o projeto será atrasado em dois anos. As soluções são remover peso do barco, o que não dá, ou aumentar o comprimento, o que aumentaria a flutuabilidade. Problema é que cada metro a mais custa 7,5 milhões de Euros, e implica em refazer toneladas de cálculos.

Há acusações flutuando (sorry) que envolvem suborno dos EUA, planos roubados dos franceses e militares alterando especificações durante a construção, mas no final acho que podemos aplicar a Navalha de Hanlon:

“Nunca atribua à malícia o que pode ser explicado pela incompetência”.

Fonte: IBT.

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