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Cientistas conseguem retardar envelhecimento em ratos estimulando área do cérebro

O futuro é agora: cientistas conseguem fazer ratos envelhecerem mais lentamente - e esse método pode um dia ser aplicado em humanos.

11 anos atrás

ratinho

Para começar, esqueçam aquela baboseira de "fonte da juventude" que todos os sites estão falando. Envelhecimento é um processo natural a qual todos os seres vivos estão sujeitos, portanto ao contrário do que está escrito no potinho de cremes faciais, não existe fórmula mágica para ficarmos mais jovens.

Dito isso, vamos lá: uma equipe de cientistas da Faculdade de Medicina Albert Einstein, em Nova York, publicaram um estudo onde conseguiram retardar em até 20% o envelhecimento de ratos manipulando o hipotálamo, área do cérebro responsável por controlar funções metabólicas e liberação de hormônios da hipófise. Eles rastrearam em ratos uma molécula envolvida no processo inflamatório chamada NF-κB e notaram que ela é muito mais ativa nessa área do cérebro, a medida que o roedor envelhece.

Foram então injetadas duas substâncias nas cobaias: uma que inibe a ação da molécula, e outra que a estimula. Os espécimes que receberam o inibidor tiveram sua vida prolongada, ao passo que os do segundo grupo envelheceram mais rapidamente.

Seis meses depois da aplicação das substâncias os ratos foram submetidos a testes: os do primeiro grupo apresentaram uma ligeira vantagem sobre os do segundo grupo, possuindo melhores condições na estrutura óssea, pele e massa muscular, além de saírem melhor em testes de cognição e movimentos. Já os do segundo grupo apresentaram maior desgaste relacionado ao envelhecimento. A pesquisa foi publicada na Nature.

"Nós provemos evidência científicas para o conceito de que o envelhecimento sistêmico é influenciado por um tecido particular do corpo", disse o Dr. Dongsheng Cai, farmacologista molecular e líder do estudo. Apesar de ainda não haver evidência de que o processo pode ser aplicado em humanos, o patologista da Universiade de Michigan, Dr. Richard Miller, acredita que a pesquisa do Dr. Cai pode ser de suma importância para procurar novas formas de tratamento para doenças comuns na velhice e que possuem ligação com o processo inflamatório, como diabetes, artrite e até mesmo Mal de Alzheimer.

Ou seja, se for viável, não ficaremos mais jovens, mas viveremos mais - e melhor. 🙂

Fonte: Live Science.

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