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iPhone - primeiro contato

16 anos e meio atrás

Semana passada o Nick Ellis, do Digital Drops fez uma proposta indecente: Havia comprado um iPhone. Queríamos vê-lo?

Só se for agora. OK, foi na sexta, dia 31. Marcamos em um restaurante no Centro do Rio. Também presente o Beto Largman, blogueiro da Globo (mas não é o Bozó) e entusiasta de gadgets.

A primeira impressão não foi boa. Para implicar, Nick trouxe seu iPhone em uma case da Palm.

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Isso equivale a trazer uma cópia do Windows Vista dentro de uma carcaça de pinguim. Ou uma cópia do Ubuntu dentro da carcaça do Bill Gates. Ou a carcaça do Stallman - não, esqueça. Essa é pesada demais pra ser carregada.

Tirando o iPhone de sua infeliz case, a primeira coisa que fiz foi compará-lo com meu Nokia N80.

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Notem que embora o iPhone não seja muito maior que o N80, a diferença da tela é dramática. Também não está dando para ver direito, mas o N80 é quase 2x mais grosso que o iPhone.

Vejamos então com as telas ligadas:

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A imagem do iPhone está meio lavada, pois é a câmera capturando em tempo real a imagem do fundo, dá pra perceber pela iluminação da cena que luz não era recurso abundante.

Nick não conhecia o restaurante, então de posse do endereço usou o Google Maps. Não sei se ele teve coragem de puxar um iPhone no Centro do Rio de Janeiro, mas que o Google Maps estava lá, estava. Embora offline, era possível passear por vários trechos do mapa, em cache, bem como executar todas as outras aplicações, sem que o Google Maps perdesse a informação gravada.

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A parte de aplicações de terceiros também já está razoavelmente encaminhada. Veja a lista parcial de softwares disponíveis para instalação. Acredito que já dê para começar a brincar, não?

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Como eu gosto muito do meu Nokia e não queria humilhá-lo em mais comparações, peguei o Treo do Largman. Vejam que covardia:

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Em termos de espessura o Treo também perde, e feio, se comparado ao iPhone.

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Aqui o N80, um iPod Video, o iPhone e um Treo, lado-a-lado

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A melhor palavra que define a interface do iPhone é "suave". Nada daquele dedilhar neurótico dos usuários de Blackberry, no iPhone tudo funciona com calma. É quase um aparelho baiano. O uso é impressionante, metade é natural pois vimos todos os comerciais e vídeos da Apple, a outra é natural porque... é. Nada de CTRL+KB, nada de comandos arbitrários.

A elegância da Apple está presente nos detalhes. Quando você aciona a câmera uma animação no formato de um obturador de máquina fotográfica preenche a tela, antes de mostrar a imagem a ser capturada. As mudanças de menus são todas animadas. As janelas giram, não piscam ou simplesmente desaparecem.

A aplicação de música, uma versão da disponível nos Macs (não é o iTunes) já torna o iPhone um iPod melhor que qualquer outro. Se fosse usado somente para acessar redes WIFI e tocar música, o iPhone já seria um produto vencedor (caso o preço abaixasse, obviamente).

O peso e tamanho me surpreenderam. Ele não é grande nem pesado. Cabe no bolso da camisa. Reaprendi a lição que recebi com meu antigo V3: Ser fino é melhor que ser pequeno. Me senti muito mais confortável com ele do que com o N80.

No dia em que ele for realmente desbloqueado, e/ou no dia em que sair uma versão com mais memória ou slot para cartão, serei o primeiro da fila. Enquanto isso vamos aproveitar que a concorrência está estudando a interface e produzindo suas próprias versões. Já era hora de alguém revolucionar essa área. Chega de menus e ícones de PC atrapalhando a tela do celular.

Conclusão sobre o aparelho? Não é um smartphone para heavy users. É um telefone normal 10 anos adiante de seu tempo. Se você quer um smartphone, pegue um HTC Touch. Se quer um telefone normal, vindo do futuro, pegue um iPhone.

E sim, eu devolvi (embora relutante) o telefone pro Nick.

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