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Senador critica associação que culpou os games por massacre

Senador nos Estados Unidos critica a Associação Nacional de Rifles por ela culpar os videogames pelo recente massacre em Connecticut.

11 anos atrás

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Mais de uma semana se passou desde que a pequena comunidade de Newtown foi atingida pela tragédia na escola Sandy Hook e muitas pessoas ainda tentam entender o que levou Adam Lanza a matar 27 pessoas e depois tirar a própria vida.

Apesar de esta não ter sido a primeira vez nos últimos anos em que tal proposta tenha sido feita, muitos acham que o massacre deva servir de inspiração para que as armas de grosso calibre sejam proibidas nos Estados Unidos. A pressão logo fez com que a Associação Nacional de Rifles (NRA na sigla em inglês) se pronunciasse e como era de se esperar, eles jogaram a culpa em outras indústria.

Além de citar filmes como Psicopata Americano e Assassinos por Natureza, além de até mesmo músicas, Wayne LaPierre, CEO e vice-presidente da associação, disse que há nos EUA uma “insensível e corrupta indústria sombria que vende e semeia a violência contra as pessoas através de jogos violentos, como Bulletstorm, Grand Theft Auto, Mortal Kombat e Splatterhouse.” Por fim, ele questionou porque os americanos protegem seus bancos e prédios civis com guardas armados, mas não suas escolas, sugerindo que a facilidade encontrada pelos atiradores é o motivo dessas chacinas acontecerem.

Quando este tipo de declaração é feita logo vemos algumas reações por parte dos jogadores ou mesmo dos envolvidos na criação de games, mas o que causou uma certa surpresa foi o comentário feito pelo senador Leland Yee, que classificou a afirmação de LaPierre como “patética e completamente inaceitável”.

Considero incompreensível a NRA de repente se preocupar com os efeitos prejudiciais dos jogos ultraviolentos. Quando a nossa lei pela proibição de jogos violentos para crianças foi anteriormente para a suprema corte, a NRA ficou em completo silêncio, enquanto vários estados, organizações médicas e defensores das crianças declararam apoio aos esforços da Califórnia.

Mais armas não é a solução para proteger nossas crianças, o que é evidente pelo fato de guardas armados não ter sido o suficiente para impedir a tragédia de Columbine.

Briguinha política a parte, concordo com o senador, especialmente quando a NRA sugere que um problema complexo como este poderia ser resolvido apenas ao colocarmos seguranças armados nas escolas, até porque passa a impressão de que esta seria uma ótima maneira deles venderem mais algumas AR-15.

[via Polygon]

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