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CSI: Cachaça?

11 anos atrás

Um dos instrumentos de lógica mais usados é a chamada Navalha de Occam. Ela diz que “entidades não devem ser multiplicadas desnecessariamente”, o que pode ser traduzido como uma diretriz onde quando diante de duas soluções igualmente satisfatórias para um problema, a solução mais simples será, usualmente, a correta.

Em alguns casos entretanto mesmo a explicação mais simples é extremamente complexa. Como mostra o exemplo de uma loja de bebidas em Burnsville, Minnesota. Os proprietários chegaram uma manhã e descobriram um princípio de incêndio sem nenhuma causa aparente.

Bombeiros e provavelmente a seguradora ficaram encucados, e seria um caso ótimo praqueles programas paranormais vagabundos do “History” Channel, se não fosse o vídeo de segurança:

KMSP-TV

Alguém de bom-senso examinou a gravação, entrevistou os envolvidos e descobriu a causa: Normalmente as persianas da loja são fechadas durante o final de semana, mas dessa vez alguém esqueceu. O Sol da manhã, filtrado por garrafas de vodca vagabunda, de prástico, foi concentrado por um efeito de lente.

Isso colocou fogo no papelão, derreteu as garrafas e a loja inteira só não lambeu por aquela porcaria ser mais água do que vodca.

O caso demonstra o calcanhar de Aquiles dos “pesquisadores paranormais”. Mesmo com a popularização de câmeras, celulares e iPads, o número de aparições, OVNIs, fantasmas, Nessies e pés-grandes avistados não aumentou proporcionalmente.

Já quase-atropelamentos, skatistas se esborrachando, explosões e gatos violando Leis da Física, coisas que antigamente eram quase inexistentes de forma documentada, hoje são comuns.

O caso da Vodca Incendiária é uma bela demonstração de como às vezes mesmo a explicação mais simples ainda soa improvável. Só que o Universo não assinou nenhum EULA conosco, Ele não tem que respeitar nossas noções de bom-senso. Citando Sherlock Holmes, “Uma vez que eliminamos o impossível, o que sobra, não importa quão improvável, deve ser a verdade”.

Fonte: Geekologie

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