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Mão Biônica não é brinquedo não

11 anos atrás

Mão Biônica

Nos anos 80 dois dos brinquedos preferidos da molecada eram a Mão Biônica e a Super-Garra. Na prática era muito desajeitado, e você precisava usar a sua mão biológica para acionar a mecânica, então do ponto de vista funcional não fazia muito sentido, mas era legal. Imaginávamos que no futuro aquilo poderia ser usado como base de um braço mecânico para amputados, ou mesmo para robôs.

O que ninguém imaginava era que em uma geração a tecnologia evoluiria nossos devaneios se tornariam realidade. Que o diga esse cidadão aqui, Nigel Ackland:

bionicao

 

Ele perdeu o braço em um misturador industrial (não deve ter sido bonito) e, se fosse uma pessoa comum (ou um pirata), estaria usando um gancho. Para sorte dele, foi escolhido para testar a Bebionic, uma prótese biônica que usa tecnologia mioelétrica, sendo controlada pelos sinais musculares no membro amputado.

A mão tem movimentos impressionantemente naturais, e é programada para um monte de atividades cotidianas. No vídeo abaixo Nigel faz o tradicional truque de pegar um ovo, depois aparece catamilhografando um texto e até… usando um mouse. Sim, a diaba da mão tem um programa que reconhece o comando para clique e duplo-clique.

Lindo, não?

Agora uma melhor ainda: A Bebionic tem representante no Brasil, a Conforpés. Não é mais um projeto de pesquisa, é uso real. E entre vários usuários, há o Celso Mascarenhas. Ele usa DUAS próteses. Pior, mesmo (ou talvez por causa delas) com duas mãos biônicas esse filho de uma taturana DESENHA, e melhor do que eu.

Meu lado geek se emociona, tecnologia vai muito além do smartphone da semana, e quem ama tecnologia quer vê-la saindo do gueto, quer ver seu uso disseminado, fazendo parte do dia-a-dia de todo mundo.

Não pesquisei o custo da Bebionic, imagino que seja uma fortuna, mas sinceramente preferia ver meus impostos usados para montar uma fábrica desse negócio do que sendo gastos em subsídio pra Foxconn ou construindo estádio de futebol pra FIFA ganhar dinheiro.

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