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Max Payne 3 – Análise

11 anos e meio atrás

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Em 2001 a Remedy Entertainment lançou para os computadores um game que conseguiu conquistar um grande número de admiradores. Max Payne brilhava por contar com um enredo inteligente, clima de filme policial noir e por se valer da técnica imortalizada pelo filme Matrix, onde a câmera lenta nos dava um tempo para respirar e que no game ficou conhecido como bullet time. Logo veio uma sequência e após a propriedade intelectual passar para as mãos da Rockstar, tivemos que esperar um bom tempo para ver um terceiro capítulo, mas felizmente a demora valeu a pena.

Max Payne 3 chamou a atenção dos brasileiros ao sabermos que a aventura se passaria na cidade de São Paulo e se você sempre se perguntou o que o ex-policial veio fazer na maior metrópole do nosso país, a explicação está num convite feito por outro personagem, que encontra Payne em um bar e o convida para trabalhar como segurança particular de um ricaço no Brasil.

Viciado em bebida e antidepressivos, a vida do protagonista está longe de ser muito tranquila e logo ele se encontra no meio de uma enorme confusão, quando a jovem esposa do bacana é sequestrada sem que Payne possa fazer muita coisa e com a ajuda de seu amigo, também segurança, ele terá que percorrer vários locais da cidade para tentar resgatar a moça.

Embora o enredo seja bem escrito e as condições físicas e psicológicas de Payne sejam dignas de pena, me incomodou um pouco ver o personagem matar meio mundo por causa de uma problema que não seria dele e falta o sentimento de vingança presente principalmente no primeiro jogo. Ainda assim, os diálogos se destacam, especialmente as ótimas sacadas feitas pelo anti-herói.

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Bem-vindo a São Paulo!

Um dos pontos altos da criação da Rockstar sem dúvida está em sua ambientação. Conhecer a São Paulo representada por eles é algo fantástico e a atenção dada aos detalhes impressiona. Durante todo momento podemos ver faixas, cartazes ou placas espalhadas pelo cenários, sempre escritas em bom português (as legendas também estão na nossa língua) e o fato de boa parte dos inimigos não falarem inglês ajuda a aumentar a imersão, além de gerar algumas situações engraçadas, já que Payne não entende muita do coisa do que eles dizem.

Durante quase toda a campanha ouviremos policiais e bandidos xingando (e muito) o protagonista, sem falar na músicas utilizadas para deixar tudo mais real, sendo assim, espere ouvir rap ao andar por uma favela ou uma música eletrônica em uma boate.

Contudo, nem tudo funciona como alguns podem esperar. Em alguns casos é possível ouvir uma dublagem mais forçada, como se fosse um estrangeiro falando português ou ter a sensação de estarmos subindo um morro carioca e não adentrando uma favela paulista. Mesmo assim, não chega a ser algo que incomode e o melhor é enxergamos a recriação como uma licença poética.

O maior tiroteio do mundo

A jogabilidade de título não chega a ser muito diferente do que estamos acostumados a ver em jogos de tiro em terceira pessoa. Basicamente tudo se resume a limparmos uma sala, caminharmos alguns metros e enfrentarmos uma nova leva de inimigos, sempre procurando abrigo atrás de objetos.

A utilização do bullet time ajuda a trazer alguma variação e estratégia ao combate, mas no fundo o que importa é matar todo mundo, fazendo com que até John McClane sentisse inveja de Max Payne.

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Jogue, mesmos se não for fã da franquia

Com um multiplayer que tem recebido muitos elogios pela variedade (por enquanto não o joguei), gráficos simplesmente lindos, com cenários cheios de detalhes e personagens muito bem animados, Max Payne 3 é um título com uma jogabilidade sólida e bom enredo, sendo indicado a todos aqueles que admiram um bom jogo de ação.

Com ele a Rockstar provou que o policial durão ainda tem muito a nos oferecer, desde que ele consiga se recuperar dos muitos ferimentos que sofreu em sua passagem pelo Brasil.

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